sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Movimento em defesa do povo de Jundiaí é lançado

Discurso de B.A., presidente do PSOL
Com a presença do senador Eduardo Suplicy (PT), do deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB) e representantes de entidades e partidos políticos de esquerda de Jundiaí, foi lançado nesta sexta-feira (18) o ‘Movimento Jundiaí Livre – Porque a Cidade é um Direito de Todos!’. O evento aconteceu na Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região e foi organizado pelo PCdoB, PT, PSOL e União da Juventude Socialista (UJS).

Auditório da Associação dos Aposentados ficou tomado por simpatizantes do movimento
Na ocasião, o movimento apresentou um manifesto que critica o modo como o município é governado nos últimos 20 anos e ataca principalmente a falta de planejamento e a especulação imobiliária - fatores que refletem diretamente na vida da população.

Tércio Marinho, presidente do PCdoB de Jundiaí, fala sobre os objetivos do movimento
Um dos objetivos do ‘Jundiaí Livre’ é a inserção da população jundiaiense em debates de ações que interferem diretamente no município, além de estruturar o projeto para o futuro do município.

Faixa da UJS em apoio ao Movimento Jundiaí Livre
No discurso, Suplicy prestou homenagens aos ex-vereadores petistas Antônio Galdino e Erazê Martinho (falecido), a quem classificou como “extremamente combativos”. O senador também mostrou-se atualizado em relação ao que acontece no município. “Tenho lido reportagens de como o hospital daqui está superlotado.”

O deputado Bigardi declara seu amor por Jundiaí e preocupação com o futuro da cidade
E fez elogios à iniciativa do movimento: “Li com atenção o manifesto e achei que faz todo sentido. Tem muito a ver com nosso anseio maior: criar em Jundiaí um lugar onde toda pessoa tenha voz, que possa questionar o que é feito com o dinheiro que vem do próprio povo.”

Para a vereadora Marilena Negro é preciso resgatar a militância de esquerda
FRASES

“Esse é um momento histórico para a cidade e o movimento diz para que nós viemos: promover a possibilidade do município se ver, discutir o que quer para o futuro.”
- Tércio Marinho, Presidente Diretório Municipal PCdoB

“Questionar o que parece que está a salvo de qualquer tipo de crítica. Temos de conscientizar a população, ganhar corações e mentes para que possamos construir uma cidade mais justa e igualitária.”
- B.A., Presidente Diretório Municipal PSOL

Paulo Malerba, presidente do PT Jundiaí
 “Jundiaí precisa se livrar do modelo de cidade que veda a participação popular, que ignora os problemas como trânsito ruim, transporte público inadequado, pressão sobre a Serra do Japi e  insuficiente infraestrutura de Saúde.”
- Paulo Malerba, presidente PT Jundiaí

“Tenho certeza de que este movimento dará frutos. Com esta união, conseguiremos realmente uma cidade melhor.”
- Edegar de Assis, presidente Associação dos Aposentados Jundiaí e Região

“Quando se está no poder há tanto tempo, perde-se a noção da crítica, do certo e do errado. Vejo na Câmara esses erros da Prefeitura e reajo!”
- Marilena Negro, vereadora PT

Senador Suplicy prestigia o movimento
“É possível construir um novo projeto político com estas pessoas que estão no poder? Não! Somos nós quem realmente amamos Jundiaí, não eles. O interesse deles é outro: Jundiaí virou um loteamento para essa gente, que só quer saber dos negócios imobiliários.”
- Pedro Bigardi, deputado estadual PCdoB

“Vamos criar em Jundiaí um lugar onde toda pessoa tenha voz, que possa questionar o que é feito com o dinheiro que vem do próprio povo.”
- Eduardo Suplicy, senador PT

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Manifesto de lançamento do “Movimento Jundiaí Livre”

O Movimento Jundiaí Livre é formado por cidadãos e cidadãs de diversos setores da nossa sociedade, que compartilham dois objetivos em comum: tornar a nossa cidade mais democrática e socialmente inclusiva. Envolve entidades e pessoas que amam Jundiaí. Pessoas nascidas, criadas ou que escolheram esta terra para levar a vida e cuidar de suas famílias. Que acreditam na democracia e na soberania popular para decidir seus caminhos.

Jundiaí possui um incrível potencial. Situada entre as duas das mais importantes cidades do Brasil, tem o privilégio de ser servida por grandes rodovias, como a Anhangüera e a Bandeirantes. Além disto, conta com reservas naturais significativas, fontes de água, como rios, represas e a Serra do Japi, um patrimônio da flora e da fauna. Esta é uma situação privilegiada e que pode beneficiar nossa cidade e toda população.

Mas, infelizmente, temos visto a falta de planejamento, o poder econômico e a especulação imobiliária desgastarem dia após dia a esperança de vermos efetivamente uma cidade que contemple o desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural de nosso povo. Um mesmo grupo governa esta cidade por longos vinte anos consecutivos, articulando interesses econômicos e políticos de um pequeno grupo em detrimento dos mais de 370 mil habitantes de Jundiaí. Isto é algo que gravemente nos preocupa.

Não apenas a falta de alternância no poder que justifica esse tipo de análise, mas, principalmente, o modo como se executa a continuidade política e os métodos utilizados para a dominação política local. Um grupo no poder que se perpetua através do uso da burocracia e do conhecimento da máquina política. Aproveitando-se do acesso a informações e da posição privilegiada na pirâmide do poder, a atividade política passa a ser exercida a fim de conseguir prosperar um projeto de continuidade nas esferas decisórias, tornando comum o uso privado do setor público. Esse grupo ainda estabelece o controle dos recursos financeiros conforme seu projeto de domínio; influencia os meios de comunicação e divulgação de informações para atender seus próprios interesses; barra novas iniciativas que possam expor ou colocar em risco sua manutenção no poder e busca deter por todos os meios qualquer movimento articulado de oposição, como acreditamos que também seremos vítimas. Mas resistiremos.

O grupo no poder também organiza a estrutura política em benefício de seu projeto de manutenção – ou seja, seus interesses não são os mesmos daqueles que deveria representar. Dessa forma, a participação dos indivíduos torna-se segmentada, limitada e amplia-se o poder da classe dirigente, o que permite que quaisquer resistências a estes mecanismos sejam minadas. Em Jundiaí, o trabalho para conseguir romper esta lógica é árduo, de tão enraizados que estão os mandatários locais, acostumados a tantas décadas de controle da política. Eles apenas trocam de siglas e de nomes, mas sempre representam os mesmos interesses.

Somos um Movimento de Oposição, consciente de nosso papel como agente político e capaz de mobilizar a sociedade para uma alternativa bastante diferente desta que esta colocada pelo Prefeito. Não queremos falar de eleições, mas inserir a população em debates sobre temas fundamentais, como educação, saúde, mobilidade urbana, entre outros. Desta forma, realizaremos nossos próprios debates, ouvindo e dialogando com toda a sociedade e apontando outros caminhos. Queremos chamar a juventude para esta discussão, pois sabemos o quanto Jundiaí precisa de políticas para jovens, com acesso ao esporte, cultura e lazer de qualidade, algo que não ocorre atualmente. O jovem quer participar da vida pública e necessita de espaços que lhe dêem esta condição verdadeiramente, sem as amarras do grupo no poder. Este Movimento convida o jovem para esta participação livre.

É hora de discutir uma alternativa de cidade: mais justa, sustentável e voltada para o interesse da maioria. Modificar essa realidade política sufocante e projetar um novo futuro para Jundiaí é uma exigência de vastos setores da sociedade e uma forma de honrar a luta e o trabalho, ao longo da História, de tantos cidadãos e cidadãs que se dedicaram à nossa cidade.

Assinam este Manifesto (Partidos em ordem alfabética):
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Partido dos Trabalhadores (PT)
União da Juventude Socialista (UJS)

Convite a todos